
"Considera-se criança todo o ser humano com menos de 18 anos, excepto nos casos em que, em virtude da legislação nacional, a maioridade é atingida mais cedo."
Infelizmente, em muitos países, o uso de crianças para trabalho adulto é muito habitual, sendo um dos piores casos, o uso de crianças soldados.
Muitas pessoas têm conhecimento do uso de crianças em conflitos nos países africanos e da América latina mas, poucos sabem que o Reino Unido usou menores de 18 na invasão do Iraque.
Em 1999 dois dos maiores opositores a proibição do uso de menores de 18 em conflitos armados eram precisamente os EUA e o Reino Unido. A oposição de países tão influentes foi um grande obstáculo para a implementação da proibição do uso de crianças soldados.
Em 2008 foi aprovado nos Estados Unidos o Child Soldier Accountability Act que proíbe o recrutamento e uso de menores de 18 anos em conflitos armados e aumenta as punições para os que continuam a recrutar menores de 18. N0 entanto, jovens de 16 e 17 anos ainda podem entrar nas forças armadas como voluntários, não tendo participação em conflitos armados.
O uso de crianças soldados é considerado pela ONU como a pior forma de uso de mão de obra infantil e essas crianças são as vitimas que mais dificilmente recuperam da guerra.
O recrutamento de crianças com mais de 15 anos em forças armadas governamentais ainda é muito comum, e enquanto, os próprios governos mantiverem a politica de recrutamento ou de aceitação de voluntários entre os 15 e os 18 anos, mesmo que estes não entram em conflitos armados, o trabalho da ONU e da UNICEF no combate ao uso de crianças por milícias será dificultado.